Cada
animal
Traz
seu próprio mundo
No
olhar
Essa
é uma conclusão
Mais
física e biológica
Do
que filosófica
Nós
humanos
Por
exemplo
Vemos
coisas belas
E
terríveis
É
o mundo que nos cabe
Mas
não é o mundo inteiro
É
a metade de um copo meio cheio
A
natureza e as cores
De
Matisse, Van Gogh
E
de Maria Condado
Não
são o mundo
São
mais que o mundo
São
desejos e memórias
São
menos que o mundo
Porque
nunca o saberemos
Cores
são frequências de ondas
O
mundo não é o mundo
Como
o vemos
Apenas
é o mundo que vemos
E
dele concluímos
Uma
representação
Como
fazem
Com
artísticas intenções
Matisse,
Van Gogh
E
Maria Condado
E
as cores que não vemos?
E
os sons que não ouvimos?
As
partículas que nos atravessam
Sem
sequer sentirmos?
O
que nos trazem?
De
que mundo são
Senão
deste que vivemos
Mas
não o sabemos?
Você
Que
lê este poema
Sabe
do que ele é feito?
Que
partículas
Físicas,
filosóficas e metafóricas
O
compõem?
De
que mundo ele vem?
De
que mundo vêm você e o poeta?
Talvez
para nós
Que
nos encontramos neste poema
Ou
nas telas
De
Matisse, Van Gogh
Ou
Maria Condado
Não
importe o mundo
De
onde as coisas vêm
Se
nosso mundo
Não
é o que sonhamos
Nós
o representamos
Nós
nos representamos
Em
mundos tão estranhos
Se
de fora ou de dentro
Caídos de paraísos perdidos
Não
importa de quais antros
Próximos
estaremos
Se
acreditarmos
Que
vida e arte
São
encontros
Diferentes
frequências de ondas
Compondo
a mesma pintura
A
nos encantar
Mesmo
que cada qual
Traga
seu próprio mundo
No
olhar
(02/03/17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são abertos. Sejam respeitosos. Serei intolerante com a intolerância.