segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A fábrica sem sangue do Butantan


Em São Paulo há muitas fábricas
Em todas corre muito sangue
Nas veias dos trabalhadores
Mas em São Paulo há uma fábrica
Que precisa
Mas não tem sangue
Uma fábrica que produziria curas
Não estivesse parada
Por falta de sangue
E de planejamento

Que se tire o sangue dos políticos
Esses vampiros
Que poluem o mundo com suas fábricas de mentiras
Pelas chaminés lançam promessas ao vento
Enquanto deixam morrer uma fábrica de curas

O governador que prometeu a fábrica
Há muitos anos
Hoje é ministro de estado
Em qual de seus governos estará a culpa?
Que desculpas ele fabricará?

Sem sangue, não há fábrica
Sem fábrica, não há remédio
Sem remédio, não há cura
Sem cura, há só sangue
Derramado
Do doente
Do povo enganado

          (20/02/17)

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