Aquiles
atravessa os séculos
Chamado
por David de Michelângelo
Troia
cumprimenta Florença
Dois
heróis guerreiros compartilham
Seus
problemas de tornozelo
“Nunca
deveria ter saído de Gate,
De
junto de minhas ovelhas”
Queixa-se
o homem de mármore
Antes
mesmo de um boa tarde
“Não
digas disparate
És
belo feito um deus
És
grande feito um gigante
Maior
que o filisteu
Arrogante
que desafiaste”
Rebate
o companheiro de Ulisses
Que
à pedra falante indaga:
“Aqui
estou. Por que me convocaste?”
“Preciso
de alguém
Que
tenha mais experiência
Nesta
minha, digamos, certa carência
Tu
és o deus do luto e da luta
De
luta, eu tenho noção
Quero
conselhos mais básicos
À
altura desse calcanhar
Que
me sustenta ao chão”
Aquiles
circunda a estátua
Presta
atenção nas ranhuras
Que
ao mármore estão a corroer
Compreende
então as agruras
Da
bela figura a sofrer
“Sinto
ter de dizê-lo
A
quem já deveria sabê-lo
Mesmo
ao homem mais belo
Virá
o tempo a comê-lo
Mesmo
o guerreiro mais alto
Virá
ao chão num sobressalto
Derrotado
e humilhado
Por
um adversário a quem considerou
Inferior
e menos preparado
Pelo
que eu vivi e agora vi
Não
há deus que te salve,
Meu
caro David
Mas
não perca a fé
Reze,
humilde, pela ciência
Para
que te mantenhas em pé”
(16/01/17)
Excelente. Mas por que não pontuar o texto todo? Parabéns pelo projeto, de qualquer modo.
ResponderExcluirSalve. Obrigado. Não sou muito favorável a pontuar toda a poesia, principalmente entre versos. Prefiro deixar solto. Pontuação entra só quando se faz muito necessária. Sei lá. Mas não é regra.Abs
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